Ministério Público de São Paulo pede prisão de Lula em caso de tríplex
Esta notícia foi postada em 10 de março de 2016
O Ministério Público de São Paulo entrou com o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula junto com a denúncia apresentada nesta quarta-feira (9), segundo o jornal Folha de S.Paulo. Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo denunciaram o petista no caso envolvendo o tríplex em Guarujá (litoral de São Paulo), que seria da família do político.
Além de Lula, o pedido se estende ao ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro e ao ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara criminal do Estado irá analisar os pedidos, mas não tem um prazo para decidir sobre o caso.
Ainda não se saber por que os promotores querem a prisão do ex-presidente, já que o pedido corre sob segredo de Justiça em SP.
O ex-presidente Lula é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes que podem render de 3 a 10 anos de prisão e de 1 a 3 anos, respectivamente. Sua mulher, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Lúis Lula da Silva, também são acusados de lavagem de dinheiro.
Trajetória de Lula, ex-presidente do Brasil
4.mar.2016 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acena para os militantes da janela do diretório central do Partido dos Trabalhadores (PT), no centro de São Paulo. Lula seguiu para o local após prestar depoimento esta manhã no posto da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade, como parte da 24ª fase da operação Lava Jato. “Era só ter mandado eu vir. Sempre fui prestar esclarecimento, porque não devo e não temo”, afirmou Lula. Leia mais José Patrício/Estadão Conteúdo
Outro lado
O advogado da família do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou à Folha que não foi comunicado sobre os pedidos de prisão e destacou a fragilidade dos argumentos defendidos pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
“A coletiva dada pelos promotores evidencia a fragilidade da investigação e desse pedido, que se baseia em testemunhos de pessoas que desconfiam que o imóvel estava sendo feito para o ex-presidente”, disse o advogado.
Martins defende que o pedido será rejeitado pela Justiça devido à fragilidade dos argumentos da investigação. “Não faz sentido atribuir o imóvel a um dono que nunca o usou e foi ao local duas vezes antes dele estar terminado para saber se teria interesse em ficar com ele”, afirma.
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