PSL de Taboão oficializou Vitor Medeiros a prefeito,Gilda do Samba vice-prefeita e 18 vereadores

Por ADILSON OLIVEIRA
 
O empresário Vitor Medeiros (PSL) confirmou a candidatura a prefeito de Taboão da Serra em convenção na última quinta-feira (4), no Intercap, e apresentou como principal bandeira eleitoral atrair empresas para a cidade e promover a capacitação profissional dos munícipes para ocupar as vagas abertas. Ele reprovou o aumento de impostos para o setor empresarial e disse que o governo Fernando Fernandes (PSDB) não busca receber novas indústrias e “perdeu várias”.
Vitor afirmou que incentivará a chegada de empresas para gerar empregos em Taboão e chegou a dizer que o poder público penaliza gerações pelos pais não poderem ficar mais tempo com os filhos por terem de trabalhar fora por falta de oportunidades na cidade, em prejuízo também à economia local. “Qualidade de vida é trabalhar, comprar na padaria e almoçar onde mora. Depois de quatro horas no ônibus e nove no trabalho, quando volta o comércio já fechou”, disse.
 
“O que mais me provocou a dirigir um projeto partidário em Taboão da Serra foi justamente ver que o morador não tem liberdade de trabalhar na sua cidade, porque não tem emprego”, afirmou Vitor. Ele disse que dará incentivos para atrair novas companhias. “O projeto do PSL para a indústria é liberal. Não precisa gastar nada para trazer empresa para Taboão, temos na Constituição a lei tributária. A isenção de impostos é para quem quer o progresso da cidade”, disse.
O candidato condenou o aumento de impostos municipais para empresas, aprofundado no governo Evilásio Farias (PSB) com a revisão da planta de valores em 2010. “Poderia ter aumentado o IPTU, mas devia ter isentado as empresas, deixado do jeito que estava. Perdemos muitas empresas, a Niasi, Keiko, Giroflex, Abbott, Escriba. A incompetência de administrações anteriores e da atual de aplicar o aumento para as empresas foi um tiro no pé do trabalhador”, disse.
Ele disse que a carga de impostos custou nova perda há 30 dias. “Uma empresa de um amigo meu queria vir de Barueri [SP] para cá e esbarrou na alta faixa tributária de Taboão, uma das mais altas do Brasil”, disse. Citou que a Niasi deixou Taboão após o IPTU “ir de R$ 700 mil para R$ 2,5 milhões ao ano”. “E não posso trazer empresa para o lugar, mudaram o zoneamento da área onde tinha 2 mil empregos para prédios de moradia que não dão 200 empregos”, reclamou.
Vitor disse ainda que não basta atrair empresas sem que os moradores usufruam dos empregos e vai possibilitar a capacitação. “Se eu trouxer uma empresa a custo zero, tenho liberdade como poder público de fazer parceria com o setor privado para qualificar o trabalhador. Se hoje uma indústria viesse para a cidade, só 30%, no máximo 40% se adequariam à empresa, os empregados seriam de Taboão”, disse Vitor, que falou ser assessor de projetos industriais.
Ele acusou Fernando de dificultar que levasse novos empreendimentos a Taboão, devido “a ignorância do ser humano de não estar como administrador, mas competidor”, e de não brigar por mais empresas para a cidade. “Perdemos uma fábrica de rolamentos, que daria 3 mil empregos, para Santo André porque não houve abrigo administrativo, o prefeito não deu atenção. Se ele deveria agregar e não agregou, podemos sentar na cadeira e fazer o que ele não faz”, fustigou.
Vitor disse que se estiver fora do páreo não apoiará ninguém em eventual segundo turno ao crer que em 2020 estará em “evidência”. “Por que o Vitor vai se queimar se unindo a quem já foi prefeito e teve a chance de fazer e não fez?”, falou. Ele disse que Fernando teria que “se converter ao povo”, que não acredita na candidatura de Evilásio e Aprígio (PSD) teria que “saber expressar a voz do povo, o que não se ouve nas ruas nem conversando com o próprio cidadão”.
A convenção aconteceu em garagem de prédio comercial e reuniu cerca de cem pessoas. A coligação é formada por PSL (Partido Social Liberal) e PMB (Partido da Mulher Brasileira), que anunciaram 18 candidatos a vereador. A vice é Gilda do Samba (PMB), que também criticou o prefeito. “Sou uma cantora, conhecida em São Paulo, no Rio de Janeiro, e não sou conhecida na minha cidade, porque aqui não tem suporte à cultura, a prefeitura afundou a cultura”, discursou.

Postar um comentário

Construindo história e provocando mudanças. Notícias em Taboão da Serra e região ...

Postagem Anterior Próxima Postagem