Um
verdadeiro Racha! É assim que alguns analistas políticos locais classificam a
situação da Câmara Municipal de Embu das Artes. Após a suspeitas apontadas pela Policia Federal
na investigação que aponta que o prefeito Ney Santos (PRB) praticou
corrupção na compra de kits escolares e pelo caos na saúde. Para apimentar ainda mais essa história,
os jornalista ALCEU LIMA e GABRIEL BINHO publicaram no site verboonline, Embu das Artes e
página do facebook, uma grande matéria mostrando o caminhar da novela “Ney Santos”
O prefeito de Embu das Artes.
Leia na integra a publicação do verbo on-line com o titulo
Doda se ‘apropria’ da praça da Juventude, Júlio vê
‘patifaria’
e rompe com Ney e Hugo
Por ALCEU
LIMA e GABRIEL BINHO do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
Já “nas
cordas” de tão acuados pela investigação da Polícia Federal que aponta
que o prefeito Ney Santos (PRB) praticou corrupção na compra de kits
escolares e pelo caos na saúde, os vereadores governistas sofreram um novo
“baque” nesta quarta-feira (16) ao ser alvo de fogo amigo na votação de
uma mera indicação. Doda Pinheiro (sem partido) e o presidente Hugo Prado (PSB)
se “apropriaram” da praça da Juventude e levaram à ira o colega Júlio
Campanha (PRB).
Doda (sem partido) faz indicação e
enfrenta a revolta de Júlio (PRB, dir.), que diz não apoiar mais Hugo (PSB)
Após a
leitura da indicação, Júlio logo disse ser o autor. “Eu li a sua indicação na
íntegra e tem o mesmo molde da praça da Juventude [no São Marcos], que será
entregue agora em junho. É da minha autoria, junto com o vereador Carlinhos. Só
muda de praça da Juventude para arena multiuso. O senhor está ludibriando as
pessoas, alterando o nome já existente, e temos aqui um acordo de cavalheiros,
de não colocar indicações já existentes”, disse Júlio, para Doda.
Doda fez
a indicação, mas para agradar o candidato a deputado que apoia incluiu também
Hugo, que acabou virando alvo também, de “graça”. “Esse tipo de atitude denigre
os políticos. Lembrando que aqui não tem otário, o mais bobo aqui virou
vereador. Portanto, eu voto contra. Para o presidente, que faz parte da
indicação, eu digo o seguinte: por você pactuar com essa patifaria, eu, na
presença de todos, retiro o meu apoio a sua candidatura”, disse Júlio,
decidido.
Hugo,
atônito, passou a palavra a Doda, que partiu para o confronto. “Uma coisa não
tem nada a ver com a outra. Se você chamar um japonês de chinês, ele vai te
bater. Eu pediria ao senhor que consultasse um pouco mais a legislação e
percebesse que arena multiuso é um espaço para grandes eventos. Eu tenho
preocupação com a cidade. A prefeitura está realizando grandes eventos em torno
do parque Rizzo, mas é um terreno particular, não é público”, argumentou.
“Nessa
ordem que estamos apresentando essa indicação. Não sei se o senhor conhece uma
arena multiuso que fica em frente ao hospital [pronto-socorro] Antena, no
Taboão da Serra. Faça visita lá e veja como é uma. Praça da Juventude é algo totalmente
diferente, tem lá campo, quadra, pista de caminhada, pista de skate. Arena é
para grandes eventos, que concentre acima de 20 mil pessoas. Mas se o senhor
[não] quiser votar a favor, é problema seu”, cutucou Doda.
Com os
governistas perplexos, Hugo, também constrangido, evitou comentar, mesmo sendo
coautor, e pôs em votação a indicação, que foi aprovada por unanimidade –
conversando com um vereador da situação que foi até ele apaziguar os ânimos,
Júlio não votou contra, apesar de já ter dito que não seria a favor. Antes de a
sessão terminar, porém, ele se retirou. Entrevistado, Júlio manteve a
posição e disse também não fazer mais parte da base de apoio ao governo Ney.
“Os
projetos [indicações] são iguais, ele [Doda] só mudou o nome, de praça da Juventude
para arena multiuso, ou seja, ele muda o nome para dizer que é outra coisa
completamente diferente. É uma forma de ludibriar a população”, disse Júlio.
Ele citou as justificativas do vereador para indicar uma arena, de que vai
atender toda a cidade, de que o bairro tem espaço limitado para esporte e
atividades culturais. “É o que vai acontecer já na praça da Juventude”,
rebateu.
“É a
mesma indicação que já fiz, e que [pela qual] já apanhei muito [pelo atraso na
obra], quase perdi a eleição por causa disso, e agora ele vem trocar o nome
para dizer que ele é o bonzão. Não é assim que funciona, é ele querer me fazer
de otário”, disse Júlio. Ele falou não fazer mais parte da base de apoio a Ney.
“Isso. Pelo governo compactuar com uma patifaria dessa, não tem como fazer
parte”, afirmou ele, que também se disse traído. “Com certeza”, declarou.