Canal PratiCidade: "Exílio Político ou Manobra Eleitoral? Eduardo Bolsonaro Rompe com o Congresso"

 O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que pretende abrir mão de seu mandato e permanecer nos Estados Unidos de forma indefinida. Em entrevistas recentes, ele afirmou que não retornará ao Brasil enquanto o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiver poder para, segundo ele, "prendê-lo" .

Eduardo está nos EUA desde março de 2025, quando tirou licença da Câmara dos Deputados. Ele alega estar sendo perseguido politicamente e teme ser preso injustamente caso volte ao Brasil. Segundo o deputado, seu trabalho de articulação com a direita internacional nos EUA é mais relevante do que o que poderia fazer no Congresso brasileiro .

Além disso, Eduardo é alvo de um inquérito autorizado por Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga sua atuação junto a autoridades americanas para impor sanções a membros do STF, da Polícia Federal e do Ministério Público. A PGR o acusa de tentar coagir o Judiciário e de atentar contra o Estado Democrático de Direito .

Apesar de cogitar a renúncia, Eduardo também mencionou a possibilidade de uma mudança no regimento da Câmara que permitiria o exercício remoto do mandato em casos excepcionais — algo que ainda não está em discussão oficial.

A decisão de Eduardo Bolsonaro de abrir mão do mandato e permanecer nos Estados Unidos tem implicações políticas significativas tanto no cenário nacional quanto internacional. Aqui estão os principais desdobramentos:


1. Impacto na Direita Brasileira

  • Vácuo de liderança: Eduardo era uma das figuras mais influentes da ala bolsonarista na Câmara. Sua saída enfraquece a articulação política da direita mais radical no Congresso.
  • Reorganização interna: A ausência pode acelerar disputas internas por protagonismo dentro do grupo bolsonarista, especialmente com vistas às eleições de 2026 .

2. Repercussões Jurídicas e Institucionais

  • Renúncia e perda de foro privilegiado: Ao abrir mão do mandato, Eduardo perde o foro por prerrogativa de função, o que pode facilitar o avanço de investigações contra ele em instâncias inferiores .
  • Possível pedido de asilo político: Ele estuda pedir asilo nos EUA alegando perseguição política. Se aceito, isso pode gerar tensões diplomáticas entre Brasil e EUA.

3. Relações Internacionais

  • Aproximação com a direita americana: Eduardo tem buscado apoio entre republicanos e aliados de Donald Trump. Ele já participou de fóruns conservadores e pediu sanções contra autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky .
  • Críticas ao Judiciário brasileiro: Sua permanência nos EUA tem sido usada como plataforma para denunciar o que ele chama de “autoritarismo judicial” no Brasil, o que pode afetar a imagem internacional do país .

4. Precedente institucional

  • Mandato exercido do exterior?: Eduardo chegou a cogitar manter o mandato remotamente, o que não é permitido pelo regimento da Câmara. Isso levanta debates sobre modernização das regras parlamentares, mas também sobre os limites da representação política.

5. Efeitos eleitorais

  • 2026 no horizonte: A decisão pode ser estratégica. Ao se posicionar como “exilado político”, Eduardo pode tentar capitalizar apoio da base bolsonarista e se fortalecer para uma eventual candidatura futura, inclusive presidencial .


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