Na Arte de Educar foi muito Admirada em Taboão da Serra e Embu, professora Mirna Elisa Bonazzi falece de câncer


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Lutando contra um câncer, a professora que inspirou gerações em Embu das Artes e Taboão da Serra hoje se despediu. Mirna Elisa Bonazzi era conhecida por alunos e ex-alunos como uma pessoa de grande espírito, educadora plena. Ela se encontrava internada no Hospital do Servidor Público do Estado veio a óbito na manha dessa sexta-feira (23). Seu velório acontece no Cemitério Vale dos Reis, na divisa entre Embu e Taboão. Seu enterro está programado para as 16h.

Em uma de suas últimas postagens na rede social Facebook, Mirna agradeceu aos amigos pela compreensão sobre sua condição e a ajuda com doações de sangue que necessitava. Ela destacou que o número de doações (87) superaram as expectativas.

Como homenagem, Wilma Abondanza Kuhlmann, professora de canto coral e também educadora contribuiu com um pequeno relato sobre sua convivência com Mirna, à época em Embu das Artes.
Mirna, aquela menina faceira que entrava na sala dos professores do “Eduardo Vaz” (Embu) em meados dos anos 1980 como um furacão, carregada de energia e grandes ideias, mais parecendo uma de nossas alunas adolescentes, e nos brindava a todos, professores e funcionários, ali sentados um tanto cansados da jornada exaustiva, com suas ideias entusiastas de um novo olhar sobre o ensino das Ciências, em particular e da metodologia pedagógica como um todo.
Cursava Biologia na USP, se não me falha a memória.
Jovem, muito jovem e já se via no seu olhar brilhante e cheio de vida o interesse em transformar o mundo num paraíso repleto de seres pensantes e responsáveis!
Tempos difíceis aqueles, mas conseguimos desenvolver uma dinâmica de aula que acrescentou muito conteúdo aos jovens naquele período.
Eles, a professora Mirna (Ciências) e o professor Mário Mantovani (Geografia)  traziam filmes e audio-visual  da USP que eram apresentados aos alunos do noturno às sextas-feiras, no auditório da Escola.

 A ideia veio para atrair os alunos para esse dia da semana, apelidado por eles de DIA DA CERVEJA – considerado pela direção como dia “morto”, tal a falta de frequência dos alunos.
A ideia deu tão certo que gradativamente os alunos foram retornando à escola!
“Nunca irei me esquecer do dia em que o filme “PIXOTE” abarrotou o auditório e os questionamentos do final se estenderam por mais tempo que o próprio filme”!!!

Tempos depois, voltei a rever Mirna numa nova ocasião em que eu regia o “CORAL CANTARES AO MEU POVO” e ela, agora, diretora do Eduardo Vaz, nos convidou para uma apresentação na Escola, naquele mesmo auditório, também lotado, que tempos atrás nos carregava de esperança.
“ESPERANÇA” é a palavra que me vem à mente quando penso em você, Mirna, querida colega e grande Mestra de tantos saberes!
Sua estatura jamais correspondeu à sua gigantesca atuação em seu trabalho, como transformadora e estará sempre ecoando entre nós e iluminando nossos caminhos.
GRATIDÃO!!!
WILMA ABONDANZA KUHLMANN

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