sexta-feira, 18 de abril de 2025

Canal PratiCidade: Disputa pela sucessão envolve também a cobiça pelo cargo mundo podre da politica Taboanense a Justiça torna réus atiradores e contratantes do falso atentado contra o então prefeito Aprígio

Prefeito Daniel diz: Não digo que foi uma surpresa porque a gente tinha certeza de que foi forjado. Fico feliz por esse desfecho. Espero que a justiça seja feita de verdade. Que todos os envolvidos vão pra prisão.
Engenheiro Daniel, prefeito de Taboão da Serra…  Veja mais em  noticias .uol.com .br 
 
Por Adilson de Oliveira do Verbo A Justiça de São Paulo tornou réus neste mês os executores e intermediários do falso atentado, durante a campanha eleitoral do ano passado, contra o então prefeito de Taboão da Serra e candidato à reeleição Aprígio (Podemos). No ataque forjado, Aprígio foi ferido a tiros, em erro de planejamento de pessoas do grupo político dele, de acordo com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público. O MP tinha apresentado a denúncia ao Judiciário no dia 24 de março.
Os até agora cinco acusados no caso que se tornam réus são três executores e dois intermediários. Segundo a denúncia apresentada pelo promotor Juliano Atoji, Gilmar de Jesus Santos, Odair Júnior de Santana e Jefferson Ferreira de Souza participaram da execução do crime. Gilmar e Odair são apontados como atiradores que usaram um fuzil AK-47 para atirar no carro blindado onde Aprígio estava, junto com o motorista, o secretário de Segurança e um videomaker.

Gilmar e Odair usaram um carro vermelho que, depois do crime, foi incendiado para tentar apagar vestígios. O veículo foi encontrado no Rodoanel em Osasco (Grande SP). Já Jefferson foi o responsável por auxiliar Gilmar e Odair na fuga, de acordo com o MP. Gilmar está preso. Ele aceitou fazer uma colaboração premiada, na qual confessou participar do crime e delatou os outros envolvidos na farsa. Em troca, no caso de condenação, ele terá abatimento da pena.

Odair e Jefferson estão foragidos e são procurados pelas autoridades. Segundo o MP, Anderson da Silva Moura, o “Gordão”, e Cloves Reis de Oliveira são os intermediários, os contratantes dos executores para o ataque forjado. Anderson está preso, em caráter preventivo, mas nega envolvimento no caso. Cloves está solto e é também procurado. De acordo com a denúncia, Gilmar, Odair, Anderson e Cloves receberiam R$ 500 mil pelo atentado falso – dividiriam o dinheiro entre eles.

Os cinco são denunciados por quatro tentativas de homicídio qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, uso de arma de uso restrito e perigo comum por pôr mais vidas em risco), adulteração de veículo e associação criminosa. Anderson responde ainda por lavagem de dinheiro. No ataque malfadado, seis tiros perfuraram a lataria e o vidro do carro. Dois (fragmentos) atingiram o ombro esquerdo e a clavícula do político, que sobreviveu.

O videomaker filmou Aprígio sangrando no carro. Em menos de 30 minutos, a equipe do prefeito divulgou nas redes sociais e à imprensa um vídeo editado do ataque. Segundo Gilmar, o grupo queria causar comoção para Aprígio se reeleger. Mesmo assim, ele perdeu a disputa para Engenheiro Daniel (União). Sobre o plano, o delator contou que Anderson e Cloves recebiam informações de um funcionário da prefeitura muito próximo a Aprígio, que falava ser secretário de Obras.

A investigação segue e busca identificar os mandantes. Entre os 15 suspeitos investigados pela polícia e pelo MP, estão três secretários municipais de Aprígio à época, Valdemar Aprígio (Manutenção), irmão do então prefeito, José Vanderlei dos Santos (Transporte) e Ricardo Rezende (Obras). Também o sobrinho de Aprígio, Christian Lima Silva, e o presidente da cooperativa fundada por Aprígio, Hélio Tristão, que era o coordenador-geral da campanha do então candidato.

O próprio Aprígio é investigado. Gilmar afirmou que o então prefeito sabia do falso atentado e deu o dinheiro para compra do fuzil usado no crime (R$ 85 mil). Em 17 de fevereiro, a Polícia Civil e o MP fizeram a “Operação Fato Oculto” e apreenderam R$ 300 mil na casa de Aprígio. A defesa nega participação dele no caso e disse que o valor encontrado é legal e já foi devolvido. Aprígio foi ouvido no início deste mês na delegacia de Taboão e voltou a negar qualquer envolvimento.

Trecho do depoimento diz que Aprígio falou “que conhece como funciona uma eleição municipal, e nunca contrataria uma pessoa para atentar contra sua própria vida para criar um fato relevante capaz de alavancar sua candidatura a prefeito”, e “que se alguém do seu secretariado o fez, fez sem seu conhecimento”. Até agora, Aprígio e nenhum dos então secretários ou outras pessoas citadas além dos cinco denunciados foram responsabilizados por algum crime no caso.

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